Quem Somos

O Projeto A Fada do Dente surgiu em 2008 com o objetivo de estudar os mecanismos biológicos envolvidos no transtorno do espectro do autismo (TEA). Foi idealizado por pesquisadores da USP que iniciaram a coleta de dentes de indivíduos com TEA desde 2009, sendo a pesquisa realizada na USP.

O TEA é um quadro do neurodesenvolvimento identificado por critérios de diagnóstico que incluem déficits na comunicação e interação social; padrões de comportamento, interesses e atividades restritivos e repetitivos, como por exemplo, movimentos estereotipados.

Sinais e sintomas típicos do TEA aparecem ainda no período inicial do desenvolvimento da criança, embora alterações no comportamento social só sejam percebidas mais tarde, quando a criança demonstra dificuldade de inteiração social frente a demandas na escola. Fatores ambientais e predisposição genética têm sido associados ao TEA, sendo a genética do autismo ainda pouco conhecida, com alguns genes associados e outros ainda desconhecidos.

A prevalência TEA é alta e vem crescendo nos últimos anos, com 1 em cada 68 crianças nos EUA, por isso o interesse científico em estudar o TEA tem aumentado dramaticamente. No Brasil não há dados sobre a prevalência, mas acredita-se que cerca de 2 milhões de brasileiros apresentem algum tipo de autismo, usando como base a prevalência mundial de 1%.

Em 2010, a Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) também entrou para o estudo no Projeto A Fada do Dente. A DMD é uma patologia neuromuscular causada pela mutação no gene da distrofina, localizado no cromossomo X, levando a degeneração muscular ao longo da vida do paciente. Esta doença também tem sido associada a déficit cognitivo e falta de habilidade comportamental devido a produção inadequada da distrofina no Sistema Nervoso Central (SNC) e, por isso nosso interesse de estudar a DMD dentro do Projeto A Fada do Dente já que alguns pacientes com DMD também apresentam autismo.

Em 2014, o Projeto A Fada do Dente se tornou uma Organização Social (ONG) focada em pesquisa científica.