O autismo, também chamado de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), é uma disfunção global do desenvolvimento de influência genética e/ou ambiental, afetando e comprometendo a capacidade de comunicação, compreensão e fala da criança, prejudicando seu convívio e interação social, onde o relacionamento com outras pessoas costuma não despertar muito interesse, sendo até o contato visual com o outro por vezes evitado.
O autismo pode se manifestar em diferentes graus, do mais brando, sem comprometimento da fala e inteligência, ao mais severo, em que o indivíduo se mostra incapaz de manter contato interpessoal, tem dificuldade de aprendizagem, podendo inclusive apresentar um comportamento agressivo, dificuldade para dormir e falar. Em alguns casos, vemos autistas que falam frases repetidamente (ecolalia). Também é frequente observar movimentos repetitivos, chamados de estereotipias, como o flap com as mãos, balançar o corpo, mexer os dedos, pular, andar de um lado para o outro, etc.
Além disso, existem casos de pessoas com autismo que apresentam habilidades específicas em áreas que eles têm maior interesse, como extrema facilidade para memorizar números, para dominar o universo da informática, ouvido para música, línguas, etc.
O diagnóstico do autismo é essencialmente clínico. Os sintomas podem aparecer nos primeiros meses de vida, mas dificilmente são identificados precocemente. O mais comum é que fiquem evidentes antes da criança completar três anos de idade.
Tratamento
Não existe um tratamento padrão a ser utilizado. Cada autista exige acompanhamento individual e multidisciplinar, de acordo com suas necessidades específicas. Algumas recomendações, porém, devem ser seguidas para uma convivência saudável e tranquila com as pessoas que estão dentro do espectro.
Respeite o limite da cada um. Seja claro na transmissão das informações, dando o tempo que for necessário para a compreensão do que está sendo passado. A paciência é essencial. Estabeleça um canal de comunicação pelo qual a criança se sinta mais à vontade para se expressar.
Evite mudanças radicais na rotina e na organização. Lembre-se que qualquer alteração é muito sentida por quem está dentro do espectro. Procure comunicar qualquer atividade diferente com antecedência, com o objetivo de reduzir o estresse frente ao “novo”.
Fique atento e descubra as eficiências e habilidades que afloram no autista. Explorar essas potencialidades contribui consideravelmente para o seu desenvolvimento.